sexta-feira, 30 de maio de 2008

ACADEMIA

Quase um mês sem escrever e agora posto várias coisas em um mesmo dia. Ou é pelo frio ou é porque estou me enrolando pra descer pra academia. Pois é... vale a segunda opção Vou calçar o tênis e as luvas e partir pra tortura. Esse corpo não pode mais esperar.

LOST - FINAL DA TEMPORADA

No domingo eu verei os três últimos episódios da quarta temporada de Lost.
Os dois últimos (na verdade um episódio duplo) passaram ontem nos Estados Unidos. Guardei o antepenúltimo pra ver no mesmo dia porque na verdade eles tem o mesmo nome.
Estou com muita vontade de ver, mas confesso que a ansiedade não é tanta como em outros anos. Bah, é muito tempo de espera. tem gente que fala de novela. Mas novela dura menos de um ano. Lost a gente vai esperar seis anos pra saber que diabo que história acontece naquela ilha. Todas as pistas e tudo o que descobrimos até agora não adianta de nada. Sempre aparecem novos mistérios. No último episódio que vi.... atenção, não leia se não gosta de spoilers... o John recebe uma missão de Jacob: mover a ilha... Putz??? Ela é um submarino???

CINEMA

Muita gente não gostou do Indiana Jones.
Bobagem...
Depois de tanto tempo, queriam o quê?
Eu achei que teve alguns exageros, mas isso também tinha nos outros filmes.
E temos que relevar as liberdades poéticas do Spilberg.
Ele botou as Cataratas do Iguaçu em plena Amazônia como o Spilberg brasileiro Jaime Monjardim botou o Canyon Fortaleza de Cambará nos arredores de Pelotas. Deixa... Cinema é ilusão. Indiana não existe.

Hoje estréia "Nárnia II". Nem vi o primeiro. Já não sei se vou gostar.

APAGÃO AÉREO

A Ana diz que sempre é melhor ir de ônibus.
Pois é... também já pensei assim.
Aliás, sempre penso, quando fico preso em "aeroporcos".
Mas ônibus também, é foda.
Decidido: não vou viajar neste fim-de-semana.

CQC

A Lu pede que eu escreva sobre o CQC. Vou esperar semana que vem
Confesso que virei mesmo garoto-propaganda do programa.
Deixa o Pânico no chinelo.
Tem um pouquinho mais de respeito pela pessoa humana.
Não passaria meleca no Wagner Moura.
Vocês sabem dessa, né?
Ontem o Wagner Moura publicou um texto em O Globo falando do que passou com dois pseu-jornalistas que o abordaram no final de uma festa, ridicularizam, empurraram e passaram uma meleca na cabeça dele. Oh coitados! Não do Wagner... dos caras que fazem isso, lógico. Cadeia neles, já!

FRIO

Diz a Gaúcha que neva em São José dos Ausentes.
Estive lá há dois anos esperando neve pra fazer uma matéria.
Não teve.
A cidade não tem nada. Nem um restaurante aberto de noite.
O lugar mais frio do estado tinha que ter um investimento maior.
Desse jeito, eu não vou além de Cambará ou Bom Jesus para esperar neve.
Só trabalhando.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

PARAÍSO AMEAÇADO



Li em um site argentino que o aeroporto de Bariloche suspendeu a rota para Buenos Aires "debido a la imposibilidad de volar por los peligros ocasionados por la ceniza volcánica." A erupção do vulcão Chaitén, no sul do Chile, trouxe transtornos para três companhias aéreas e preocupa quem vive do turismo na região. Os hotéis ficaram vazios na "Gramado Argentina". No Chile, o governo ordenou a evacuação de cidades vizinhas ao vulcão.

A boa notícia? A chuva, que começou a cair hoje em Bariloche, pode acabar com a nuvem de cinzas e permitir que os vôos sejam regularizados.

Amém!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

NINGUÉM RESPEITA O DIA DE HOJE

Hoje é o dia do silêncio.
Fiquei sabendo pela agenda da Tribo que eu comprava nos anos 90.
Em 99, a Eduarda Streb fez uma matéria para o JA Notícias sobre o dia do silêncio. Na passagem, ela estava sentada em uma pedra na beira do Guaíba.
Cada vez temos mais barulho.
Até no dia do silêncio, claro.
Quem sabe dele?
As obras do futuro prédio comercial da José de Alencar parece que se intensificaram hoje.
Máquinas e tratores.
Ainda derrubando casas.
Blargh!
Não há como procurar o silêncio.
Vou caminhar no set.

domingo, 4 de maio de 2008

O MONSTRO DA ÁUSTRIA

Você lembra o que estava fazendo no dia 28 de agosto de 1984? Não? Nem eu. Mas lembro o que fazia 3 dias antes. Em 25 de agosto, nevou em quase todo o Rio Grande do Sul. Era dia do soldado e eu não fui na aula. Nem sei se teve aula. Viajei de Pinhal Grande para Santa Maria, de ônibus, com minha tia Magdalena. Pelo caminho, íamos vendo as casas cobertas de branco, as crianças fazendo bonecos de neve... Na serra de Santa Maria, o cenário lembrava a estação de esqui que até hoje eu não conheço. Eu tinha 9 anos, estava na quarta série, tinha boas notas, gostava de ler e estudava feito louco. Três dias depois da única neve que vi até hoje, Josef Fritzl, um técnico em eletrônica austríaco, prendia a filha de 18 anos no porão de casa. E ela só iria sair de lá em abril de 2008.



O caso ganhou repercussão mundial e está em todos os jornais. A casa de Josef, em Amstetten, cidade de 16 mil moradores, distante 130 quilômetros de Viena, é chamada de casa dos horrores. No porão de 60 metros quadrados, Josef manteve Elisabeth presa e teve sete filhos com ela. Pelo menos 3 deles, nunca saíram do porão, nunca viram a luz do sol. E como o local tem menos de um metro e setenta de altura, cresceram curvados.



24 anos de prisão. Do dia em que eu vi a neve até hoje. Tempo demais. Uma vida inteira para muita gente. O que fazer com Josef? Como punir um monstro como ele? Existe castigo para este homem que chega agora aos 73 anos? Não sei. Nada vai reparar o que ele fez. Nada vai devolver o tempo e as coisas que a filha e os netos (filhos) dele deixaram de viver. Para calcular isso, eu lembro daquele dia 25 de agosto de 1984. Lembro da neve, da minha tia que morreu 3 anos depois, de tudo o que eu vi e vivi até agora. Quanto vale tudo isso? O que poderia valer essa vida roubada?