PARTE DOIS
O melhor do restaurante era olhar pela janela e ver que no lugar de uma rua movimentada ou de um ponto de ônibus havia a Lagoa da Conceição, seus barcos e seus pescadores. Ali, nove e pouco da noite e eles trabalhando em alguma coisa nas redes. Sei lá se era camarão, lagosta, siri, mexilhão. Nunca fiz matéria de peixe. E estou às vésperas de fazer um programa inteiro sobre isso. Acho que amanhã vou aprender bastante. Tirei a foto pra mostrar que os caras estavam pescando ali, do nosso lado, a menos de cem metros. Dava pra ouvir o barulhinho deles arrumando as redes e dos pássaros, ao redor, tentando comer o que era jogado fora. Tão bucólico, tão tranquilo. Até que todo mundo que estava no restaurante ouviu o estrondo. Os garçons vieram correndo para a janela. Alguns clientes também se levantaram. Eu virei o rosto para trás e não consegui entender. O que era aquilo?
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