terça-feira, 30 de dezembro de 2008

MANÍACO NO CINEMA

O clima é de amizade e paz. Eu sei. Mas basta entrar em um cinema com gente conversando que são despertados os meus instintos mais selvagens. Ainda bem que não sou o único. Leia o que aconteceu em um cinema norte-americano.



Homem atira em outro que conversava no cinema


Disparo aconteceu durante sessão de O Curioso Caso de Benjamin Button

28/12/2008

Em um cinema na Filadélfia no dia de Natal, durante uma exibição de O Curioso Caso de Benjamin Button, um homem levou um tiro no braço por conversar durante o filme.
James Joseph Cialella Jr, de 29 anos, foi ao famigerado Riverview Theatre, considerado um dos cinemas mais "barra pesada" dos Estados Unidos, onde tentava assistir ao filme quando uma família começou a conversar durante a projeção. Cialella pediu que parassem. Sem sucesso, jogou pipoca neles. Foi só quando ele puxou sua Kel-Tec calibre .38 e alvejou o pai no braço esquerdo que teve sossego.
Com o disparo, o cinema ficou vazio em segundos. O atirador, porém, voltou ao seu lugar e sentou-se, para terminar de ver o filme. Mas não ficou muito tempo... a polícia logo chegou e o prendeu.

Cialella, que não sabe como termina Benjamin Button, está sendo acusado de tentativa de homicídio, entre outros crimes. A vítima está hospitalizada mas passa bem.
O Curioso Caso de Benjamin Button estréia em 16 de janeiro no Brasil - e cuidado com a falação no cinema... nunca se sabe quem pode estar atrás de você.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

SURVIVOR BRASILEIRO

No início do século, não se falava em outra coisa. O programa que inaugurou a onda dos reality shows na televisão brasileira não foi Big Brother Brasil, nem a Casa dos Artistas do SBT, como muitos pensam. Lembram do No Limite? O programa que reuniu as equipes Sol e Lua em uma praia deserta do Ceará parava o Brasil nas noites de domingo. A gaúcha Pipa ficou famosa e conquistou o segundo lugar. A vencedora foi a gordinha Eliane, chamada de Elefaine pelo Casseta e Planeta. No Limite teve mais duas edições que tiveram bem menos IBOPE e repercussão.

Por que estou falando de No Limite?

Porque o Survivor norte-americano, programa no qual a Globo se inspirou, chega agora à décima oitava edição. E os sobreviventes enfrentaram mais de um mês no centro-oeste brasileiro.




Tradução:
Em sua nova temporada, Survivor vai para um dos mais severos cenários do mundo: Tocantins, o planalto brasileiro.
Duas tribos serão abandonadas no majestoso interior do Brasil durante 39 dias. O único conforto no meio desta terra impiedosa é um oásis, o Rio Novo. Temperaturas altíssimas, tempestades torrenciais e animais selvagens: quem tem o que é necessário para superar todos os outros competidores?
Descubra em Survivor: Tocantins — the Brazilian Highlands.

AMIGO SECRETO

Dia da festa dos Válteres.
O único amigo secreto que eu aturo.
E que eu espero.
Hoje.
20h.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

BATEU O MEDO



Temo virar um semi-analfabeto a partir de primeiro de janeiro. Eu, que gosto tanto de escrever e aprecio tanto as palavras bem escritas, estarei cometendo erros primários. De um dia para o outro, da noite para o dia, palavras que fizeram parte da minha vida inteira passarão a ser erradas. Cada vez que eu for escrevê-las, muitas vezes sem saber, estarei fazendo o mesmo que aqueles que escrevem borracha com x ou mexer com ch. Absurdo!

O sentimento que tenho talvez seja o mesmo de quem, no século passado, escrevia Pharmácia e teve que trocar o PH pelo F. Um ultraje! Um roubo! Vão me roubar o direito de escrever certo. Vão me deixar semi-analfabeto.

Semana passada eu vi na vitrine de uma livraria a nova gramática, com tudo sobre a reforma ortográfica. Me deu medo. Ainda sinto medo daquele livro. Será preciso recorrer a ele para não cometer erros banais a partir de 2009? Serei apontado na redação como aquele que ainda escreve com o acento da vovó uma palavra que agora passeia livre e faceira pelos dicionários sem nenhum acento?

Como o povo reaprende a escrever? Como as pessoas que não estão na escola vão escrever certo? Vão ensinar no Jornal Nacional? A Zero Hora vai fazer um caderno especial? Como não iremos nos transformar me burros por não saber escrever as palavras de maneira certa?

É assim que me sinto agora: com sindrome do pânico da reforma ortográfica. E com vontade de escrever as últimas tremas, os últimos agudos em ditongos abertos, os últimos hífens antes de "s" e "r".

Há 37 anos a língua portuguesa não tinha uma mudança no modo de escrever as palavras. E a culpa de quem é? Do Lula? Também. O acordo foi firmado por Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste.

Na prática, segundo um resumo do resumo do resumido que eu encontrei na internet, k, y, z passam a fazer parte do alfabeto oficialmente, sendo, portanto, agora, 26 letras. O bom e velho trema subiu de vez no telhado e desaparece das palavras grafadas em português, passando a ser usado apenas em palavras estrangeiras. O acento agudo desaparece dos ditongos abertos, ex. ideia, prosopopeia. O acento circunflexo desaparece em palavras com o duplo o e o duplo e, ex. voo, creem, leem. Desaparece o acento diferencial (agudo ou circunflexo) usado para diferenciar palavras de mesma grafia, ex. para, pelo, polo. O Hífen desaparece quando a segunda palavra começar com s ou com r, quando então as consoantes deverão ser dobradas, ex. antissemita, antirreligioso. Exceção: quando os prefixos terminarem com r o hífen deverá ser mantido.

Entendeu? Então vamos todos comprar a gramática e reaprender o beabá. Péssima ideia.

PRODUTORES DE SC VÃO TER APOIO PSICOLÓGICO

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

AFOGADOS



Mais de mil animais morreram por causa da enchente no Vale do Itajaí. Hoje começam as matérias no Rural Notícias, às 19h.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

IDENTIDADE

Hoje os moradores de Braço do Baú, em Ilhota (SC), foram informados que poderão fazer suas carteiras de identidade na próxima quinta-feira. São pessoas que perderam tudo na avalanche de lama que soterrou parte da comunidade rural. Entre perder tudo, está perder parentes, amigos, bens materiais, tudo, tudo. Muitos só ficaram com a roupa do corpo. Na próxima quinta-feira, vão ganhar identidade de novo. Equipes do governo do estado vão estar no salão da comunidade tirando fotos e cadastrando, um a um, para que façam a carteira. "Não cobraremos nada por isso", disse o funcionário no microfone, no final da reunião. Era o mínimo que se esperava. Impossível cobrar uma taxa de quem perdeu até os documentos. O mutirão de quinta-feira vai ser o pontapé do recomeço. A identidade é o primeiro passo de um caminho ainda pedregoso e dolorido.

sábado, 6 de dezembro de 2008

NO CENTRO DA TRAGÉDIA

Hoje estive na zona vermelha. É a área do Vale do Itajaí onde o Exército bloqueou a estrada e não permite a passagem dos moradores. O risco de novos deslizamentos no local ainda pode persistir por uma temporada, disse o comandante da operação. Não é exagero. Quando cruzamos a fronteira entre a tragédia que todos podem ver e aquela que é controlada, encontramos imagens que nem parecem reais.

A localidade de Braço do Baú está deserta. Casas, restaurantes, supermercados. Tudo foi deixado para trás por quem conseguiu sobreviver. A lama invadiu as construções como se fosse água. E em alguns lugares, endureceu. Em outros, parece areia movediça. Chega um ponto em que o carro da Polícia Militar, que nos guiava, precisa parar. Não há mais estrada. Quinze dias depois da enchente, um rio corre no meio das casas, como se fizesse parte do cenário. Nunca foi. É um invasor. Ali, no fim da zona vermelha, as casas estão amontoadas. Pedaços de carro retorcidos aparecem nas garagens. O único som que se ouve é o da água que ainda corre vinda dos morros.

A polícia permite que alguns moradores busquem documentos e animais deixados na área. Mas isso precisa ser feito entre sete horas da manhã e sete da noite. Se o tempo fechar, eles devem se retirar imediatamente.

Antes de partirmos, no final da tarde, avistei um cachorro sobre uma casa cercada de lama. Um sobrevivente cansado. Há quantos dias estava lá em cima? Por quanto tempo seria capaz de sobreviver? A casa ficava em um local onde nem o resgate chegou. A lama tem mais de três metros de profundidade. Só será possível chegar até lá quando ela endurecer. Se endurecer. Os moradores querem que o resgate procure os corpos ainda desaparecidos naquele local. Eles não vão. Ninguém pode mergulhar na lama e nem caminhar por ela. Tudo parece uma grande lagoa, de barro. E ela pode explodir, disse um dos policiais. Se isso acontecer, irá cobrir o restante das casas, já destruídas. O cachorrinho do teto desistiu de latir. Sumiu do outro lado. Jamais vou saber se encontrou um galho de árvore, uma pedra para descansar. Ou se desistiu de esperar ajuda e afundou para sempre no lugar onde nem os bombeiros chegam.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

O TIME DE TODOS OS TÍTULOS

A primeira equipe brasileira a vencer a Copa Sul-Americana

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

ESTOU INDO PARA SANTA CATARINA

Pela primeira vez na vida, isto não é uma boa notícia!