PEQUIM 2008

Não é que eu não goste das Olimpíadas. Acho tudo um grande show. Tanto que gravei a abertura. O que me irrita são os exageros, o destaque dado nos jornais, na TV. É algo demais para interesse de menos.

Brasileiro não gosta de Olimpíada como gosta de Copa do Mundo. O país não pára para ver a Olimpíada. A prova disso são os índices de audiência. Enquanto um jogo da seleção na Copa costuma dar uns 50 pontos no IBOPE, os mais interessantes momentos da Olimpíada não passam de vinte. A Rita, minha amiga, que não leia esse texto. Ela é fanática. É da torcida coruja. Sim, os fanáticos existem, mas a proporção dada ao evento é quase a mesma da Copa. E não acredito que seja este o espaço que a Olimpíada mereça no mundo dos brasileiros.



Somos pequenos diante dos atletas olímpicos. Nosso futebol, cinco vezes o melhor do mundo, nunca conseguiu medalha de ouro. Vamos voltar para casa com o quê? Cinco bronzes, duas pratas, um ouro? Sei lá. Eu não estou assistindo. Mas confesso que fiquei emocionado com a reportagem do Jornal Nacional sobre a vitória do nadador brazuca. Foi o bastante. Saber, de longe, que a Argentina meteu 3 a 0 na seleção do Dunga é um incentivo a mais para me manter por fora. Pra Copa faltam quantos anos? Dois? Que venha logo. Mesmo que eu não seja um fanático como a Rita, gosto do clima, do suspense dos jogos, das unhas roídas no final das partidas. Copa do Mundo são outros 500.