Eu estava voltando de Canoas, onde fiz uma matéria para o jornal de hoje à noite, no Canal Rural, quando vi a fumaça negra, de longe. A Castelo Branco é uma das principais avenidas de acesso à Porto Alegre e logo no início dela já dava pra ver a nuvem. Parecia que algo muito grande estava queimando no centro. Um prédio? Uma loja? Incêndio sempre assusta. E ao mesmo tempo fascina. Impossível um jornalista passar diante de algo assim e não sentir vontade de parar. E de contar o que está contecendo.
Circulamos ao redor do centro e a fumaça parecia mais longe. " É no Chocolatão", disse o cinegrafista Cristiano Mazoni. " É no prédio ao lado", pensei eu. Não era. Era perto. Era na Vila Chocolatão, um aglomerado de casebres que só cresceu nos últimos anos. A favela fica ao lado de prédios importantes do governo federal e do judiciário. E estava em chamas. O trânsito foi desviado, os moradores corriam pela rua. Catadores de papel, gente que trabalha com reciclagem. Parte do material é sempre guardado em casa ou nos corredores no meio delas. Talvez isso tenha ajudado a alimentar o fogaréu. As chamas apareciam alto, mais alto que as casas. E a fumaça, durante muito tempo, pode ser vista dos lugares mais distantes da cidade. Ninguém se feriu.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
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Um comentário:
Se tem uma coisa que me apavora, depois dos acidentes de trênsito com vítimas fatais, são incêndios.
Putz!
Eu fico de perna bamba toda vez que vejo um....
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