1998 foi um dos piores anos da minha vida. Acordava todos os dias às cinco da matina para apresentar o Bom Dia Rio Grande, em Santa Cruz do Sul. Quando o despertador tocava, eu ia dormindo pro banho. Cheguei a pegar no sono de novo, com a cabeça encostada na parede, debaixo do chuveiro. O programa começava as 6h45min. Depois passou para as 6h30min. Eu demorei a acreditar. Seis e meia da manhã. Como podia? O que estavam querendo fazer comigo? Por que eu?, perguntava, diariamente.
Não gosto de acordar cedo. Nos anos seguintes, quando estava escalado para entrar ao vivo no Bom dia aqui em Porto Alegre, nunca dormi direito. Ficava olhando para o relógio de meia em meia hora. Um cochilo e uma olhada. O sono bom não vem. E só vem quando não pode. No final. Na hora de acordar.
Hoje, acordei às 4h para entrar ao vivo de Esteio, no Bom Dia Campo. Fui dormir às 00h20min. Não fechei o olho. Foi o suficiente para lembrar o quanto sofria em 1998. Acordar cedo, ou melhor, dormir pouco, te deixa massacrado no dia seguinte. Tanto que agora, meio-dia, não sei onde está meu celular. Posso ter deixado em casa ou perdido durante a manhã. Não faço a mínima ideia. O corpo dói, o cérebro não processa. Felizes os que não precisam madrugar. Ou os que consegue se adaptar ao horário, dormindo cedo. Eles existem. São raros, mas existem. Pena que nunca aprendi a ser como eles.
2 comentários:
Mimoso eu sofri disto durante 9 meses, na minha fase de Bom Dia Campo. E pior: morava em NH, há 50 km de distância da TV. Dormia às 19h da noite e acorda às 3h30 da manhã... aquilo era desumano... sentia dor no meu corpo inteiro... tinha dias que parecia que meu sistema ia entrar em colapso... fora o sono que eu sentia na volta, e muitas vezes quase sofri um acidente de carro. Não posso nem lembrar daquela época.
Agradece que isso não é todo dia.
Bom soninho... a esta hora, quatro da tarde, deve estar no 3º sono...
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