sábado, 17 de outubro de 2009

A ARTE DA BIENAL DO MERCOSUL

Já escrevi aqui, uma vez, sobre o cinegrafista Julio Bertagnolli, de Santa Cruz, que foi gravar uma exposição na cidade e o trabalho do artista era um espelho pequeno no meio de uma sala. Só isso. Mas era muito para ele. Revelava os quatro cantos, revelava o eu, mostrava formas diferentes vistas do chão, outros pontos de vista. Um espelho no chão e nada mais. Desde então, uso em muitas ocasiões a frase dita pelo artista para o espantado Bertagnolli: Arte é arte. É isso. Arte é que nem gosto. Não se discute. Se sente.

O que me intriga é o quanto se investe em arte em um evento como a Bienal do Mercosul que acontece até o final de novembro em Porto Alegre. São milhões e milhões de reais. Grandes empresas, bancos, governo federal e estadual botam dinheiro para trazer até a capital dos gaúchos grandes obras. Em uma visita rápida, feita no segundo dia da mostra, tirei várias fotos. Uma Kombi cheia de areia. Uma árvore de cabeça para baixo. Uma casa com raízes saindo pelas janelas. Dá vontade de discutir o valor de algo assim. Por isso vou parando de escrever. Porque arte... é arte.








2 comentários:

Fala garoto, fala garota. disse...

Bah... eu ficaria discutindo horas, escrevendo textos e textos. Mas no fim das contas, me chamariam de "ignorante".

Amanda Lins disse...

adorei a casa da andradas.