sexta-feira, 16 de outubro de 2009

MANDEI A CERTIDÃO DE NASCIMENTO PARA O FOGO



Tive um dia de peregrinação. E tudo por causa de uma limpeza que fiz nas gavetas de casa no mês passado. Entre tanto lixo e bobagens, botei em um saco para serem queimadas, a minha certidão de nascimento original e uma cópia. Elas só não viraram cinza porque o meu pai viu os documentos antes de acender o fósforo e os retirou da pilha de lixo.

O problema é o seguinte: preciso refazer a carteira de identidade. O documento que tenho é de 1990, quando ainda estou cheio de cabelos e magrinho que nem um piá de 14 anos. Lembro que saí da educação física, suado, e fui tirar a foto para a carteira. Hoje acordei seis horas da manhã e fui para a avenida João Pessoa, aqui em Porto Alegre, onde fica o Departamento de Identificação. Ali são as feitas em uma semana as carteiras de identidade (bem mais rápido do que no centro da cidade, onde fica o Tudo Fácil, já chamado de Tudo Difícil). Depois de esperar meia hora na fila, a moça me disse que preciso de uma certidão de nascimento autenticada. Não adianta a carteira antiga, o passaporte, CPF, carteira de motorista. Tem que ser a certidão. Liguei lá para a casa de meus pais, no interior do estado para saber se eles não sabiam de alguém que viesse a Porto Alegre hoje. Não sabem. Será que eu teria de ir até lá buscar as certidões que joguei fora?

Foi quando lembrei de uma matéria que fiz no Arquivo Público do estado. Na época, a mulher me disse que eles tinham documentos de meio mundo lá dentro. Liguei para o 3288.9100 e a Sandra me disse que eles tem as certidões de todos os gaúchos que nasceram entre 1929 e 1975. Bingo! Nasci em 1974. Ela só pediu meia hora para verificar se a certidão estava mesmo lá e que depois eles fariam uma cópia.

Ótimo, pensei eu. Depois só teria de pegar a cópia e passar em um tabelionato para fazer a autenticação do documento. Talvez mais uma hora na fila, mas bom demais para quem tinha jogado os papéis fora por descuido.

No final da manhã, fui buscar minha certidão. Estava pronta a cópia, com carimbo especial e... surpresa: autenticada. Me livrei da fila do tabelionato. E o melhor de tudo. Não precisei pagar nada. O Estado paga. Um serviço que funciona! É ou não é uma maravilha? Daqui a pouco vou para o Departamento de Identificação fazer a segunda via da dita carteira. A foto eles tiram na hora. Bem diferente daquela vez em que saí correndo do colégio. A última fila vai ser o de menos.

Um comentário:

LU K. disse...

Esses tempos quando fui para POA renovei minha identidade. Nossa, a minha era de 1991... hehehe.
Daí descubro hoje que foi aprovado o cadastro único... tomara que dê certo...