sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

DIRETO DO SERTÃO NORDESTINO




Foram dias cansativos. Uma semana de correria e sol forte. Mas cá estou eu, blogando de Petrolina (PE). Ali do outro lado do Rio São Francisco, explode o carnaval de Juazeiro (BA). Comi duas fatias de uma pizza calabresa junto com os colegas, em uma pizzaria da orla. Metade do tempo ficamos ouvindo as histórias de um artesão que faz carrancas de pedra. As carrancas são um dos símbolos do Rio São Francisco. O Roberto, que vendia as peças, também é chamado de Rei do Sol, porque acorda, todos os dias, antes de ele nascer. Ah, os filhos do cara se chamam Dionleni e Polmacarti, assim mesmo, do jeito que eu escrevi. Ele contou que a mulher pariu ao som de Imagine e por isso ele botou o nome do primogênito de Dionleni, em homenagem a John Lennon, claro. Bah, hoje eu conheci muita gente no caminho até aqui. Vim dirigindo de Cabrobó a Petrolina e a gente vinha parando e fazendo enquetes com as pessoas. E vendo serrado e caatinga. E gravando cactus com o pôr-do-sol ao fundo. Tudo isso depois de conhecer as obras de transposição do rio, que vai levar água, por canais, através de 4 estados. Um gigantesco canteiro de obras. Me senti um pouco como acho que se sentiam os caras que viram a construção de Brasília. O troço é imenso, parece não ter fim. Se é bom ou se é ruim, só assistindo as reportagens, em fevereiro. E tirando as conclusões.



Ah... a viagem de retorno a Petrolina foi legal. Mas a de ida foi amedrontadora. Ladrões e policiais. Policiais ladrões. Fomos extorquidos, ameaçados e chantageados na estrada por quem deveria nos defender e dar segurança. Outra hora, com mais tempo, busco a raiva e o medo que senti para explicar o que passamos. Um bom fim-de-semana aos amigos. A luta continua!

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