ROBERTO CARLOS - EU VOU

A transmissão do primeiro show de Roberto Carlos no Maracanã, sábado de noite, teve mil e um defeitos técnicos. Quem conhece um pouco de tv pode até dizer que o trabalho parecia coisa de amador. Câmera balançando, imagem desfocada, chicotaços no ar. Nada que lembrasse o padrão globo de qualidade.

Deixei gravando o especial no DVD porque tinha uma festa e só fui ver de madrugada. Se os cortes de câmeras tinham problema, o mesmo não se pode dizer do espetáculo apresentado pelo cantor. Nada de novo, é verdade. Talvez os especiais de fim de ano do rei sempre passem despercedidos pra mim porque são gravados em um teatro, exibidos depois, uma coisa meio fria, cheia de cortes. Não foi o que aconteceu no sábado. Estava lá a chuva, o público molhado e coberto por capas, o Rei tão emocionado quanto quem o assistia.

Se alguém perguntar do que mais gostei, não vou pensar duas vezes. Foi o último bloco do show, com a presença de Erasmo Carlos e Wanderléa. O Tremendão, a Ternurinha e o Rei da Jovem Guarda, quando estão juntos, são as figuras mais simpáticas do mundo. Nào há como não se comover com o encontro do trio que bagunçava os anos de chumbo e era chamado de alienado por causa disso.

Pois então... aos 50 anos de carreira, Roberto Carlos continua conquistando fãs. Já estou com o ingresso comprado para o show de sexta-feira, dia 14 de agosto, em Porto Alegre. A minha amiga Fernanda Espinelli passou uma hora e meia na fila, sábado, para comprar os ingressos para ela, o marido e a mãe. Dizem que a fila no Praia de Belas estava quilométrica. Todas as cadeiras numeradas foram vendidas no primeiro dia, para todos os shows. Minha compra foi feita hoje, com tranquilidade, sem fila alguma. Como a Fernanda, também peguei arquibancada. Tenho certeza que vai valer a pena. Assistir a um show de Roberto é uma daquelas coisas que todo mundo tem que fazer. Pelo menos uma vez na vida.