BANDEIRAS AO VENTO

Foi o único souvenier que eu comprei durante a visita ao Templo Budista de Três Coroas. Na loja que tem lá, onde tudo parece caro demais, até que elas saíram bem baratinhas. Não lembro o preço agora, mas á pagável, digamos assim. Uns vinte reais. Ou menos. Ou um pouco mais. Não importa. Achei bem interessante a história das bandeiras de oração Cavalo do Vento. O manual de instruções diz que ao serem erguidas elas ativam e fortalecem as nossas forças interiores.

Escolhi a sacada para erguer as bandeiras. Minha sacada não é aberta porque aumentei a sala até ela e tirei a porta que as separavam. para ter vento ali, só deixando as janelas abertas. E elas estão abertas quase sempre, mesmo que a garoa molhe o piso ou a cinza de cigarro do vizinho imundo do andar de cima suje o tapete. Ali na sacada, as bandeirinhas estão sempre tremulando. Olhar para elas me transmite uma paz muito grande. E não deve ser a toa. É como se fossem uma bandeiras bentas. Elas têm textos e imagens sagradas budistas, passaram por rituais de consagração e - diz o manual,foram abençoadas com a energia dos seres iluminados. Na hora de estender ou retirar, as bandeiras devem ser manipuladas cuidadosamente. Não se deve pisar, passar por cima ou descartá-las em lixo comum. Após erguidas, só devem ser retiradas até a troca de novas. O destino das antigas é um só: a fogueira.

O que você acha? Pode não combinar com a decoração, tem um ar de festa junina... mas que me faz bem, faz bem. Então, ficam. Assim seja!