quarta-feira, 1 de abril de 2009

QUEM QUER VER A SELEÇÃO?



O dia amanheceu diferente. Depois de quase uma semana de altas temperaturas, calçada molhada e nuvens escuras logo de manhã. E já estava friozinho. Para quem curte futebol, a mudança até poderia significar alguma coisa. O dia é especial. Seleção brasileira jogando aqui no Beira-Rio, na semana do centenário do Inter. O prato cheio para os aficcionados pelo esporte vem acompanhado por um tempero nem um pouco agradável: o caos no trânsito de Porto Alegre. Agora de tardezinha, estava impossível transitar pelas ruas do Menino Deus. Os portões do estádio abriram as seis da tarde, mas a correria por um lugar até a hora do jogo vai demorar mais um pouco. Na hora de sair do trabalho, fui pelo caminho mais distante dos transtorno anunciado. Por que correr o risco de ficar no meio da confusão? Às cinco e meia da tarde, dezenas de carros da polícia militar passaram em frente ao prédio da minha academia rumo ao estádio. Dezenas mesmo. O tempo entre uma sinaleira aberta e uma fechada. E depois passaram mais. Acredito que toda a polícia da cidade vai estar nas redondezas da Padre Cacique. O resto da cidade - que perigo - totalmente desguarnecido.



A imagem do fim de tarde da janela aqui de casa teve um elemento surpresa por causa do jogo. Uma bandeira ainda mais alta que a do Inter. Brasileiríssima. Daqui posso ver, mas a foto não mostra com tanta nitidez. Lá fora, se misturam as arrancadas na sinaleira, as buzinas e os motores apressados rumo ao espetáculo do futebol. Eu vou dispensar. Até pela televisão. Estarei reunido com amigos em um bar do centro, bebendo à vitória (ou a derrota - impossível que aconteça) do único time capaz de mobilizar o país inteiro. E acabar com a tranquilidade da já nem tão tranquila capital dos gaúchos.

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