quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

NYC ONE

Fazia 2 graus negativos hoje de manha em Nova Iorque. As casas e carros do bairro do Queens, onde fica o aeroporto, estavam cobertos de neve. Uma paisagem de inverno que parecia sonho ou coisa de cinema depois de uma semana com temperaturas de quarenta graus em Porto Alegre. O motorista da van que levava eu e a Mari para o hotel ia conversando e explicando uma coisa ou outra no meio do monstruoso congestionamento. Segundo ele, um milhão e meio de pessoas moram na ilha de Manhattan e 4 milhoes vão trabalhar la todos os dias. Imagina que confusão no transito... Logo na chegada da ilha tem um pedágio. Mas os carros não param. Eles vão somando as passagens através de um aparelhinho grudado no vidro.


Nosso hotel eh coisa de cinema. Ou melhor, eh de cinema. Foi na frente dele que Marilyn Monroe gravou aquela clássica cena em que o vento saído do metro levanta a saia. Acho que foi em O Pecado Morado ao Lado. Filmado aqui na frente.

Caminhar por estas ruas eh coisa de louco. Literalmente. Tem gente de tudo quanto eh jeito, uns mais esquisitos que os outros. E uns mais charmosos que os outros. Eh como se a Volunta e a Calcada da Fama de Porto Alegre estivessem no mesmo lugar e ninguém se importasse com a presença do outro.

Comprei uma câmera fotográfica nova para registrar as férias. Foi meio complicado. Por indicação, comprei em uma loja de judeus hortodoxos, a B&H, onde quase todos os funcionários são judeus. Noventa por cento, pelo menos. Os caras usam quipa e tem aqueles fiozinhos de cabelo crespo nos cantos na cabeça. Todos atendem muito bem, inclusive o brasileiro Moises. O velho parece solicito quando começa a dar atenção, mas vira um pe no saco. Ele quer enfiar um monte de coisas goela abaixo, como seguro, case para a câmera... e o preço aumentando, aumentando. Eu não quis e ele não desistia. Queria porque queria vender. Queria saber como eu ousava não aceitar. Disse que precisava vender com aquele kit. Pelamordedeus. Depois de toda essa insistência, a câmera demora 4 horas para chegar. Estava em uma loja do outro bairro. Achei que a gente não ia conseguir. Recomendo a quem comprar la qure fuja do Moises se não quiser se complicar. Ele fala português, mas so dificulta a nossa vida.

De posse da câmera, eu e a Mari seguimos para a Times Square. Que loucura... Puta que pariu. Da vontade de gritar diante de todas aquelas propagandas, cartazes, de toda aquela gente tirando foto, de toda aquela efervecencia. Foi no meio deste furdunco que apareceu uma produtora do programa do David Leterman. Veio falar comigo e eu já fugi correndo. Ai a Mari falou com ela. Ela ofereceu dois convites para o programa de amanha se a gente acertasse qual a frase que o David diz sempre antes de chamar os comercias. Kkk Não sabíamos. Ela perguntou então a cor do cabelo do cara que fica ali com ele, uma cor muito chamativa. A Mari disse vermelho e... pronto. Já temos programa para amanha de tarde. Quando saímos da Times Square eram cinco horas da tarde e a noite começava. Um frio de bater queixo. E a mãe falou que o calorão no Rio Grande do Sul foi pior que o de ontem. Uma das coisas boas das férias vai ser estar longe de tudo isso. Passa da meia noite no Brasil, mas aqui ainda são oito e pouco. Vou dormir porque estou de olhos bem abertos há mais de 24 horas. Não eh exagero. Nova Iorque merece!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

NEW YORK NOW


Start spreading the news
Comece a espalhar a notícia,

I'm leaving today
estou partindo hoje

I want to be a part of it
Eu quero ser parte dela

New York, New York
Nova Iorque, Nova Iorque



These vagabond shoes
Estes sapatos de vagabundo,

Are longing to stray
estão desejando passear

Right through the very heart of it
Bem correto ao melhor coração de

New York, New York
Nova Iorque, Nova Iorque



I wanna wake up in a city
Eu quero acordar na cidade

That doesn't sleep
que nunca dorme

And find I'm king of the hill
E descobrir que sou o rei da montanha

Top of the heap
- O maioral



These little town blues
Estes blues de pequenas cidades do interior

Are melting a way
se derretendo

I'll make a brand-new start of it
Eu farei um novo recomeço nela

In old New York
Na velha Nova Iorque



If I can make it there
Se eu conseguir lá,

I'll make it anywhere
eu consigo em qualquer parte

It's up to you
Só depende de você,

New York, New York
Nova Iorque, Nova Iorque

domingo, 31 de janeiro de 2010

PARABÉNS, BOTECO DO JOAQUIM



Meu post de mais de um ano continua rendendo. As pessoas digitam Boteco do Joaquim no google e caem na minha página onde reclamo da falta de uma comanda individual no bar. Isso foi há mais de um ano, como eu disse. Hoje, recebi dois comentários de gente que foi bem atendida, gostou, teve comanda individual e tudo. Que maravilha! Uma pena que tenha demorado tanto tempo para o gerente perceber que estava perdendo clientes por conta de algo tão simples. Uma hora dessas eu vou lá de novo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O MAIOR TERREMOTO DE TODOS OS TEMPOS




A Revista Veja desta semana, que tem uma ampla cobertura da tragédia no Haiti, divulgou o ranking dos maiores terremotos de todos os tempos. A lista avalia o número de mortos e a magnitude conforme a escala Richter. Em terceiro lugar aparece o tremor de Kanto, no Japão, em 1923. Foram 7,9 graus na escala e 143 mil mortos. O de Haiyuan, na China, em 1920, chegou a 7,8 graus, com 200 mil mortos. E em primeiro, com o número de mortos estimado em 250 mil pessoas, o terremoto de 1976, em Tangshan, na China. Foram 7,6 graus na escala. São três grandes tragédias de uma lista de dez reunida pela revista. O que não aparece nela é o terremoto de Valdívia, no Chile, que não matou tanta gente mas conseguiu atingir quase o limite da escala que mede os tremores e que chega a 10. O fenômeno foi tão intenso que quase metade do país se inclinou 15 graus durante dois dias de terremotos contínuos, originados em 56 epicentros. Toda a zona costeira com 40 km de largura e 1350 km de extensão, desde o norte de Concepción até a Ilha Grande de Chiloé  foi violentamente sacudida e geograficamente modificada.


Tudo aconteceu em dois dias. Começou no sábado e terminou no domingo de tarde. Um fim de semana trágico para o Chile. Cerca de 45% das famílias no sul do país viviam em condições precárias na época. Três milhões de pessoas, habitantes de 13 das 24 províncias chilenas, acordaram precisamente às 06 horas, 2 minutos e 52 segundos do sábado, dia 11 de maio de 1960, com os primeiros tremores de terra. O epicentro foi perto da cidade litorânea de Concepción, com uma intensidade de 7,5 graus na Escala Richter. Era só o começo de uma tragédia anunciada. No mesmo dia, uma série de tremores em sequência, vários com intensidades entre 6 e 8 na Escala Richter, continuaram a sacudir e a torcer a terra violentamente. A pavimentação das ruas se estilhaçava contra paredes e janelas e abriam-se fendas pra todos os lados.


Valdivia foi a cidade que mais sofreu. Após a primeira série de tremores ocorrida no sábado, quando a devastação no sul do país parecia ter terminado, com uma população desabrigada em luto e revirando destroços, começou uma segunda série de tremores no dia seguinte, domingo, por volta das 3 horas da tarde. O primeiro epicentro foi ao sul da Ilha Chiloé, com intensidade de 7,5 na Escala Richter. Trinta segundos depois, Valdivia, ao norte, sofreu o pior abalo sísmico já registrado na história da sismologia mundial e os resultados mais devastadores de toda a região chilena. Em poucos minutos milhares de quilômetros quadrados afundaram 1,5 metros, mudando a linha da costa, o curso de vários pequenos rios, e provocando a formação de morros, ilhas e lagos. Dizem que até montanhas se moveram. Os livros didáticos de Geografia do ensino fundamental no Chile, provavelmente tiveram que ser rescritos após maio de 1960. Com a inclinação da placa tectônica entre Valdivia e Chiloé, as cidades costeiras de Puerto Montt, Ancud, Castro e Quellon foram inundadas, com perdas de ate 90% das casas. De acordo com as informações oficiais, ao mesmo tempo que o sul afundava, permitindo o avanço do mar, o norte se ergueu pelo menos 1 metro.



O terremoto de Valdivia foi na verdade um maremoto, pois o epicentro ocorreu no fundo do Oceano Pacifico, a 60 km abaixo do leito marinho, próximo a costa. A intensidade foi 9,5 graus na Escala Richter, o que representa o maior abalo sísmico já registrado em toda a historia da humanidade. Como resultado do abaixamento da terra, o nível relativo do mar chegou a nada menos do que 6 metros em centenas de quilômetros quadrados e intensificou as magnitudes das enormes tsunamis que vieram a seguir. O mar terminou afogando o pouco que havia sobrado e sobrevivido com os tremores violentos das últimas horas.

De acordo com os relatos de sobreviventes, no momento do grande maremoto, surgiram enormes manchas escuras na superfície do mar. Pescadores pensaram que fosse um cardume de baleias. Era sedimento ressuspendido pelo tremor do assoalho marinho. Imediatamente após o maremoto, ouviu-se um barulho estranho semelhante ao de um aspirador de pó, ao mesmo tempo em que o mar se retraia rapidamente até secar e expor partes do fundo da baia de Valdivia. Algumas pessoas (as únicas que se salvaram) se abrigaram nos morros ao redor da baia. Em seguida veio um silêncio e 15 minutos depois, surgiu o monstro no horizonte: uma onda de 25 metros de altura com velocidade maior do que 100 km por hora. Era o mar regressando. Exceto o super-homem, o que pode parar uma parede de água com essa altura e essa velocidade ?


Depois da tsunami, o resultado foi devastador. As vilas de Corral de Baixo e Niebla, localizadas na boca da baia de Valdivia, foram as que mataram as ondas gigantes no peito. Toda a população de Corral desapareceu. Famílias inteiras sumiram junto com suas casas, seus pertences e animais domésticos. Pescadores assustados com a seqüência de terremotos anteriores, carregaram seus barcos com toda a família, na ilusão de se livrar dos efeitos em terra. Também nunca mais foram encontrados. Vários navios ancorados no porto de Valdivia foram arrastados continente adentro. Um deles destruiu uma escola e varias casas. Outro foi parar atrás de uma fábrica têxtil. Até cidades a 1 km de distância do mar foram totalmente arrasadas.

Não se sabe ao certo quantos morreram uma vez que o fluxo de informação da época além de precário, havia sido totalmente bloqueado pela catástrofe múltipla. Estima-se que morreram pelo menos 10 mil pessoas, o que não é nada comparado à tragédia recente do Haiti. Mas nem só de mortos são feitas as tragédias. Foram quase 3 milhões de pessoas atingidas, entre mortos, feridos e prejudicados pela perda material e afetiva de casas, parentes e amigos. Isso foi em 1960, há 50 anos.  Rádios, TVs e jornais da época estavam mais preocupados em noticiar a iminência da guerra nuclear entre Estados Unidos e União Soviética  do que a guerra tectônica que começou no fundo do mar. Mas foi esta que aconteceu. E parece que só o povo chileno lembra.
 

domingo, 17 de janeiro de 2010

ONDE ESTÃO OS PERCEVEJOS?


Todo fim de ano a Livraria Cultura distribui um calendário muito legal. É só comprar alguma coisa na livraria que a gente ganha. Eu prendo ele atrás da porta do escritório com aqueles percevejos (tachinhas para alguns). Faço isso há pelo menos cinco anos. Mas a caixa de percevejos terminou. O calendário do ano passado já foi fixado com percevejos tortos do ano anterior. Não consigo mais prender nada com eles. Por isso fui ao supermercado comprar uma caixa nova. Quem disse que encontrei?

Primeiro eu procurei em todas as gôndolas. Achava certo que eles estariam perto das pilhas, lâmpadas, colas... Não estavam. Fui até o balcão de informações e pedi ajuda, já que não havia nenhum funcionário por perto. A moça que me atendeu pediu que uma menina fosse encontrar o que eu queria. A jovem não fazia a menor ideia do que era um percevejo. Eu disse que quando criança a gente costumava largar os percevejos sobre as cadeiras para os colegas sentarem em cima. Ela não achou a menor graça. Falei que costumo usar para fixar papel na parede e tal. E ela: "ah, então é na seção de papel e livraria.". Não era. Ela pediu ajuda a um outro funcionário. Ele percorreu os quatro cantos do supermercado e também não encontrou. Pode uma coisa dessas? Onde se encontram os percevejos?

Deixei o supermercado sem o produto e ainda não consegui botar o calendário atrás da porta. Teve uma vez que até tentei grudar com fitas adesivas, fita isolante, mas não adianta, ele sempre acaba caindo. Amanhã vou procurar em outro supermercado. Impossível que os percevejos tenham acabado. É algo tão útil... nem que seja para dar um susto deixando na cadeira de alguém.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

FOTOS INCRIMINAM JOÃO-DE-BARRO


Não era mito. As fotos divulgadas pela prefeitura de Porto Mauá, na fronteira do Brasil com a Argentina, mostram que a famosa lenda atribuída ao joão-de-barro pode mesmo ser realidade. O fotógrafo Rafael Britske registrou uma fêmea morta com uma camada de barro ao redor do pescoço, como se fosse uma coleira construída pelo macho. Veja o release com a notícia escrita pelo Vilson Winkler, assessor de comunicação da prefeitura.


JOÃO-DE-BARRO ENFORCA COMPANHEIRA

Aconteceu uma tragédia numa casa de joão-de-barro, localizado em cima de um poste da cerca do potreiro, na propriedade do Sr. Juvino Canal, em 7 de Setembro, interior de Porto Mauá.

O proprietário da terra estava cruzando em frente à residência do João-de-barro, ao olhar para casinha percebeu que um pássaro adulto estava morto na entrada desta casa, foi olhar de perto para ver o que havia ocorrido, constatou que um joão-de-barro encontrava-se enforcado, com uma camada de massa preparada com terra ao redor do pescoço, do mesmo tipo de terra que é construído as casas destas espécies de pássaros. Lembrou-se que há muitos anos atrás havia assistido uma reportagem de TV, programa Globo Rural, que o João-de-barro macho enforca a companheira se a mesma comete adultério, já houve muitos casos relatados que o macho fecha a abertura da residência enquanto a fêmea está chocando os ovos, com a falta de ar na casa, a fêmea acaba morrendo asfixiada.


O Sr. Juvino Canal retirou o pássaro enforcado e levou-o para a sua residência, para mostrar aos seus familiares o que havia acorrido, o João-de-barro (fêmea) já se encontrava em estado de putrefação, mas a coleira ao redor do pescoço estava intacta, facilmente visível nas fotos tiradas em 21 de outubro de 2009, para registrar o crime ocorrido no mundo dos animais.

domingo, 10 de janeiro de 2010

JOÃO-DE-BARRO: CORNO E ASSASSINO?

Fiquei sabendo hoje que o joão-de-barro mata a fêmea quando descobre que ela o traiu. O assassinato pode ser de duas formas: fechando a casinha de barro e matando-a sufocada ou fazendo uma coleira de barro para que ela fique presa na casa e morra da mesma forma. Chegaram a me dizer que rolam fotos na internet dessas joão-de-barro fêmeas mortas com requintes de crueldade. Procurei no Seu Google e não encontrei nada. Mas fiquei sabendo um monte de coisas sobre o bichinho.

O joão-de-barro é um dos pássaros mais populares do Brasil. O nome científico dele é Furnarius rufus. Tem as penas com cor de terra e a parte superior um pouco mais escura, porte semelhante ao do sabiá, aproximadamente 20 centímetros. As fêmeas dormem sozinhas nos ninhos, quando estão com ovos ou filhotes. Constróem o ninho em formato de forno, um para cada ano, embora possam reformar algum velho. Os ninhos são construídos com barro, esterco e palha, com predominância do primeiro e em local aberto.

O casal trabalha em conjunto e as irregularidades da superfície são corrigidas com reboco. O ninho é contituido de um vestíbulo e pela câmara incubadora. A entrada está sempre voltada em direção contrária à dos ventos predominantes. O macho e a fêmea trabalham em diversos ninhos ao mesmo tempo. Em condições favoráveis demoram 18 dias para terminar o ninho e depois de 3 dias o casal começa a preparar e forrar a câmara incubadora.

Alimentam-se de insetos e suas larvas, aranhas. Podem ocasionalmente ingerir sementes. Vivem no campo e são abundantes nas fazendas da região sul, parques e cidades onde não se importa com a presença humana. Ocorre nas regiões Sul, Sudeste, leste e nordeste da Bahia e até o sul do Piauí.

Agora a parte que me deixou mais impressionado. Diz a crença popular que o joão-de-barro empareda dentro do ninho a fêmea que o tenha traído. Pessoas adultas, mesmo com relativa experiência de vida, afirmam isto com a maior convicção. Esta estória imputa ao joão-de-barro duas pechas. Primeiro, a de que suas esposas são capazes de trair. Segundo, a de que os maridos são capazes de cometer assassinatos passionais.

Muitos sites dizem que tudo não passa de mito. E este mito pode ter surgido de dois fatos. O primeiro é de que alguns ninhos abandonados do joão-de-barro são aproveitados por abelhas indígenas como a uruçú-mirim, para fazerem sua colméia. As abelhas fecham a entrada do ninho com uma cera, dando a impressão de ter sido fechado pela ave. Mas olhando-se mais atentamente nota-se o engano.



Outra possível explicação é a seguinte. Hudson, em uma obra de 1920, cita um interessante episódio ocorrido em Buenos Aires. Uma das aves (não foi possível saber se o macho ou a fêmea, pelo fato de serem muito parecidos) foi acidentalmente pega em uma ratoeira que lhe quebrou os pés. Após liberada por quem havia armado a ratoeira, voou para o ninho onde entrou e não foi mais vista. Morreu, certamente. O outro membro do casal permaneceu por ali mais dois dias, chamando insistentemente pelo parceiro. Em seguida desapareceu retornando três dias após com um novo parceiro e imediatamente começaram a carregar barro para o ninho, fechando a sua entrada. Depois construíram outro ninho sobre o primeiro e ali procriaram. Hudson viu este fato como mais uma "qualidade" do joão-de-barro, por ter tido o cuidado de sepultar sua parceira.
 
Agora, as fotos da tal fêmea aprisionada, não consegui ver. Meus amigos dizem que já apagaram. E eu não encontrei em lugar nenhum da internet. Prefiro acreditar que é tudo lenda mesmo. Rotular o João de corno e assassino é demais!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

TEM VAGA NO MELHOR EMPREGO DO MUNDO


No começo do ano passado não se falava em outra coisa. Todo mundo queria concorrer à única vaga de zelador de uma ilha paradisíaca na Austrália. Salário alto, cenário desenho com toda a inspiração dos deuses, o que mais o sujeito poderia querer? Mais de 34 mil pessoas disputaram o lugar. O vencedor da rigorosa seleção viveria em uma casa com vista para o mar, com direito a VT, vale transporte (passagens aéreas do seu país de origem) e salário de US$ 100 mil por seis meses (algo como R$ 40 000 por mês!). Precisava de mais alguma coisa? Pois 700 brasileiros se inscreveram. nenhum ficou entre os 50 selecionados para a fase final, todos desempregados de 22 países, como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Alemanha, Itália e França.


No dia 6 de maio foi divulgado que o zelador escolhido era o britânico Ben Southall, de 34 anos. Pois menos de um ano depois, ele anunciou que estava indo embora para casa. Ficou apenas seis meses no paraíso localizado próximo à grande barreira de corais da Austrália, na costa do Estado de Queensland.

Ben disse que o emprego foi uma das melhores experiências de sua vida, apesar de ter sido atacado por uma medusa venenosa em dezembro. Ele recebeu o equivalente a R$ 209 mil pelo período em que trabalhou lá. E agora, vai ter uma nova seleção? Quem se habilita?

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

CADEIA NELE JÁ


Lembro do jornalista Luiz Carlos Alborghetti como um grande ícone trash televisivo. Vi pela primeira vez o programa CADEIA NACIONAL na Rede OM de Televisão que pegava na parabólica lá de casa. Meu pai também gostava de ver para rir, embora as cenas fossem horrorosas, sempre com o pior dos crimes no estado do Paraná. Mas Alborghetti era engraçado na sua louca cobrança por justiça. Com um porrete na mão, ele batia contra a bancada do programa e berrava alto: vagabundo aqui no Paraná não se cria. Cadeia nele já, cadeia nele já, cadeia nele já. E sobre a foto do bandido apareciam as grades colocadas pela arte da tv. Todas as notícias eram apresentadas com uma toalha no pescoço. É que no seu desesperado apresentar, Alborghetti se cansava e suava como em uma corrida. Enquanto tentava se acalmar, ficava limpando o rosto, a testa, o pescoço, sem se preocupar se aquilo poderia parecer nojento para os telescpectadores. Quando a imagem das grades não entrava sobre a foto do bandido, ele brigava com o diretor: é uma pouca vergonha, dizia. A gente acorda de madrugada, dá a vida por isso e só leva no rabo. Bota o cadeia nele aí, diretor f.d.p.



A carreira começou no rádio, em 1976, em Londrina. Sempre com tom inflamado e desafiando os criminosos, ele conquistou o público e fez de muitos seus eleitores. Foi vereador, e deputado estadual por duas vezes. No final da carreira, sem patrocínio, trocou as emissoras de tv pela internet, onde transmitiu o Cadeia em 2007 e disponibilizava os programas em sua comunidade oficial do Orkut. Nos últimos tempos, voltou ao rádio. Morreu de câncer de pulmão hoje à tarde, em Curitiba.




Para muita gente, Alborghetti é considerado o professor do Ratinho. Foi com ele que Carlos Massa aprendeu o jeito despojado de falar diante das câmeras. No final do programa que transmite ao vivo pelo SBT, Ratinho falou do amigo. Disse que Alborghetti não quis receber suas visitas em Curitiba durante a doença. Não queria ser visto por ninguém. Morreu ao lado da família.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A IDADE DA LEILA LOPES

O Antonio Carlos Macedo, apresentador da Rádio Gaúcha, foi bem claro ao ler a notícia que se espalhava pelo país na manhã de quinta-feira: Leila Lopes não tinha 40 anos como estava sendo anunciado. Segundo o Macedo, Leila foi colega de aula da irmã dele, que já tem mais de 50. Os números não batiam.

Artista que oculta a idade ou mente na cara dura tem bastante por aí. O curioso é pensar que a mentira de Leila vem de muito tempo atrás. Leila  ficou conhecida em todo o Brasil como a professorinha Lu da novela Renascer, de 1993. Chegou a ser chamada de a nova namoradinha do Brasil.

Na época, a apresentadora do Jornal Hoje, Cristina Ranzolin, fez uma matéria com ela para o programa de sábado. Levou até um chimarrão para tomar com a gaúcha de Esteio. Veja no vídeo a idade que Leila disse que tinha em 14/08/1993.



Se seguíssemos a linha normal de tempo, a atriz teria morrido esta semana aos 41 anos. Mentira! Ela tinha meio século de vida. Fico pensando no momento mágico em que se joga 10 anos da vida fora. É uma baita de uma mentira, uma mentira que você passa a assumir para o mundo inteiro. Quando estreiou na tv, em 1990, na Manchete, Leila tinha 31 e do dia para a noite passou para 21, como se estivesse chegando na maioridade. E já era balzaquiana... Que loucura isso! Por mais que eu tente, não consigo imaginar como alguém consegue fazer isso. Tente, você. Jogue 10 anos fora. Vou tentar aqui: acabo de fazer 25 anos, 25 anos. Eu tenho 25 anos. Não dá. A mentira de Leila não teve perna curta, mas ser desmascarada depois de morte é algo que a atriz não merecia. Não precisava. É mais feio do que fazer filme pornô.